20.7.08

Macro

Uma ervinha apanhada à minha porta, coisa minúscula que afinal resulta em grande.
Só uma nota: é evidente que não fui eu quem a apanhou, foi o meu progenitor que me apareceu cá em cima com ela, porque nenhuma das florinhas que aqui vêem no meu blog foi arrancada - a não ser esta, claro - porque eu não faço maldades dessas.
Mas saiu um espectáculo. Oh pra ela, cheia de sementinhas:
E agora vejam bem o tamanho disto:

Voltinha turística

à pata, pois claro.
Almoço na casa da tia com direito a passeio a seguir.
E entretanto o Yuri aproveitou para provar a mala da Teresa:

Nhac!


E já me viram bem estes olhinhos super azuis?

Planta gorda na casa da tia - desta vez fotografada com um fundo preto para destacar, depois de várias tentativas que não resultavam como eu queria.

Vamos então às photos da voltinha turística:


Uma buganvílea farfalhuda a amarinhar pelo muro acima


Pormenor da buganvílea; as flores são só as pintinhas esbranquiçadas - a parte rosa choque são de facto folhas modificadas


Numa cama de folhas faz-se uma bela sesta


Cacto cabeludo


Muito cabeludo mesmo...


E tá decidido: quando eu tiver um quintal, faço questão de voltar a ter campainhas roxas a amarinhar pelos muros. Destas aqui, pois.


com vespas e tudo.


A coçar as pulgas


Conteira (ou cana da Índia) amarela às pintas vermelhas


O meu progenitor a ver se a bomba funcionava - mas a água estava desligada, que eles andam a pintar o tanque público.


Campainhas nos torrões


Crisântemos amarelos


Dente de leão


Dois hibiscos singelos


e um hibisco dobrado


Rosa desmanchada


Flores esfarrapadas num arbusto


Coisa pequenina muito aumentada - também é de um arbusto


O rottweiler Rodrigues - grrrr!


Núcleos altamente roxos


Plantação muito frequente à porta dos cafés desde que saiu a lei do tabaco - toda a gente tem um vasinho destes cheio de estranhos cogumelos...


Planta gorda com uns três centímetros de diâmetro - e viva o zoom


Coisinha frágil (mais um arbusto) cheia de pólen


E mais outro arbusto com florinhas trémulas e frágeis, cheias de pelinhos lá dentro (ora abram lá para ver), próprios para fazerem cócegas na barriga das abelhas.


Passemos mais às texturas - um arbusto amarelo todo farfalhudo


Os veios de uma parra numa videira


A ferrugem num sinal de stop



e as rugas nos calhaus na beira da estrada.

Final feliz?

Esperemos.
Este aqui é um passarinho na minha varanda da sala. Recolhi-o ontem na varanda da cozinha, com certeza depois de uma tentativa falhada de primeiro voo, porque aqui por cima não há ninhos. De qualquer maneira, não podia ter vindo de longe.
Instalei-o na varanda da sala porque é lá que tenho a alpista, o milho partido e a água, numa caixinha de cartão com um buraco para entrar e algodão no fundo. Como já aqui contei, a minha varanda é agora um ponto de referência gastronómica para os passarinhos do bairro. E como este gajo se farta de piar, os pais deram logo com ele e têm estado a dar-lhe de comer. Com muita pena minha, não consigo tirar-lhes a fotografia porque os tipos abalam logo que me vêem e só os consigo observar meia camuflada e sem me mexer, mas a cria fez o favor de posar para mim esta manhã, no meio do milho partido que os seus congéneres tratam de espalhar para fora do prato (tenho de arranjar milho mais partido, que este ainda é grande demais para eles).
Já é o segundo a ser alimentado pelos pais na minha varanda e o outro acabou por conseguir voar para a árvore do outro lado da rua (que eu vi - foi a fugir de mim). Esperemos que este faça o mesmo (não é que fuja de mim, é que cresça o suficiente para ir à vida dele, bem entendido).

Nesta terra não há dragões

Numa voltinha pelos arredores, encontram-se vários ornamentos que normalmente reflectem as simpatias clubisticas do dono da casa. E como isto é o Oeste, aqui nesta terra não há dragões.
Ou seja, o melhor é calar-me, que pelos vistos estou em grande desvantagem.


leão cabeludo


águia branca


fundo rosa
asas abertas

num muro verde


a olhar para o céu


brazonado
águia a cores
leão bronzeado
na relva


o clube do pato?

19.7.08

Diário do Oeste - 20

Vamos começar hoje com o buraco da tia. Oh p'ra ele:
Como podem ver, o furinho já está fechado. E afinal eu estava a dizer mal da costura do pescoço, mas o trabalhinho até ficou muito bom. Mais um bocadinho e aquilo vai parecer só uma ruguita.
E agora tremam: o meu irmão comprou uma guitarra.
É isso mesmo: 'tamos feitos.
Mas é nestas ocasiões que se vê quem são os amigos: são os que não fogem, como o Bernardo, aqui firme ao lado dele. ...Ou coisa que o valha, pois.

Na sexta-feira à noite, durante uma voltinha nocturna para desmoer o jantar, fui cair de paraquedas no meio de um concerto de rua dos Melech Mechaya. Com um nome destes, não sei se os moços pertencem à minha tribo (o do contrabaixo parece); o site deles não fala das origens genéticas dos membros da banda - porque isso não interessa nada - mas vale a pena darem uma espreitadela porque são mesmo muito bons. Já o mesmo não se pode dizer dos vídeos que aparecem no youtube, todos com umas gravações altamente ranhosas, a tremerem por todos os lados, mas aqui vai o que me pareceu melhor, para vocês ouvirem a música:

E então, não é um espectáculo? Ah lindos!


Aproveito agora para vos mostrar os belos bigodes da Sally
e o ar hierático da Chica:
E quer isto dizer que não tenho nada para contar.
Claro que podia falar da minha ida ao dermatologista, para dar a segunda fritadela a laser numa tatuagem que saiu mal - e que agora me está a custar um balurdiozinho para remover. Mas nem sequer tenho photos para mostrar, portanto...
Podia falar também da minha ida ao Ikea para comprar os móveis da sala, e não, não pensem que é tudo estilo caixotes às cores, porque no meio da macacada os tipos até têm uns móveis bastante discretos, com ar rústico, de coisa a sério e tudo, e por metade do preço que me pediram noutros lados. Claro que tive de os trazer às costas e que agora vou ter de os montar, mas eu sempre gostei de fazer puzzles, portanto até deve ser divertido.
Mas isso não vos deve interessar grandemente, por isso passemos ao tema mais pesquisado da internet: pornografia, claro. E para isso, tenho aqui umas cenas hardcore protagonizadas pela Yara e pelo Tininho:

Não é assim, oh caraças! Não vês que eu 'tou de lado?!
Olha o emplastro que me havia de ter saído, hem?

Já me começas a chatear...

Será que é desta? 'Tás quase lá...
Mas não foi. Ficou-se sempre pelo quase. Ou por ser demasiado curto, ou simplesmente desajeitado, o sacrista do Tininho fartou-se de lhe fazer promessas mas não cumpriu nem uma. E entretanto a Yara resolveu que já não queria mais nada com ele - embora a pastilha que a tia lhe enfiou pelo bico abaixo também tenha contribuído para isto, evidentemente.
Mas aqui têm o filme completo:


E com esta me estreio no youtube, porque o raças dos vídeos custam à brava a carregar directamente para o blog.
Numa voltinha de câmara em riste pelos arredores da casa da tia, descobri alguns belos exemplares vegetais (já cá faltava, pois). Como as belas peras da Alda:
vermelhinhas e redondas...
...amarelas e compridas.

O que lhe vale é que a escola já acabou e nesta altura do ano não lhe passam carradas de putos pela frente das peras, senão era um ar que lhes dava. A natureza é sábia: não dá peras em tempo de aulas (...?)
E pois, não sei qual era o nome de baptismo do X'quim Careca (grande falha de investigação que não me atrevo a emendar agora, porque não são horas de ligar à tia a perguntar), mas foi com esta alcunha chata que o senhor passou à posteridade: E pois, tanto quanto sei ele não fez nada de particularmente interessante - vivia nesta rua e pronto, foi quanto bastou para fazerem uma placa toda folclórica.
Passemos então às macros. Ah, isto de ter um zoom é uma maravilha. Se bem que eu já fazia coisas parecidas com a minha 35 mm, mas ainda não conseguia chegar mesmo até ao pintelhinho mais ínfimo das florinhas. E não, não é disparate falar de pintelhinhos e associá-los às flores, porque afinal elas são os órgãos sexuais das plantas, não é verdade? E têm pelinhos, não é mesmo? Então?
Ora bem; conseguem perceber o que é isto? Pois é a flor do oregão que o meu progenitor está a cultivar num vaso. Calculo que cada tufo não tenha mais de um centímetro e meio de diâmetro, mas as mini-florinhas são uma beleza. Ora abram lá a photo para verem em grande.
E isto aqui é a corola de uma cicuta. Pois, aquela coisa venenosa que matou o Sócrates. ...Hei, nada de ideias parvas, hem? Até porque o chá desta coisa deve saber muito mal, a avaliar pelo cheiro.
E aqui é uma hortense no quintal da Teresa padeira
e mais outra, ainda verde, antes de florir em cor de rosa:
A Teresa tem alguns exemplares interessantes no quintal, como estes aqui que eu nunca tinha visto. Calculo que as flores tenham cerca de cinco centímetros de diâmetro.
coisa gira a abrir




coisa gira já aberta
Esta aqui também não sei como se chama, mas cresce no quintal da tia e não tem mais de 4 centímetros de uma ponta à outra:

E aqui são flores de begónia vistas de muuuuito perto:
Cada uma tem cerca de centímetro e meio, mas até se vêem os pelinhos por baixo das pétalas. Segue-se esta beleza amarela às pintas pretas, que não parava de abanar com o vento. Mas consegui agarrá-la:

E por último, a hera do muro da Rosalina:

Aqui é mais por causa das texturas. Gosto de texturas. De fotografar texturas. Terra lavrada, veios nas folhas, cascas de árvore. Aqui são tarolos, que é uma coisa que cá no fundo me perturba um tanto (eu sou um bocadinho maluca, como já devem ter percebido), mas que não deixa de ser interessante. Como textura, claro.
Mas não deixam de ser árvores assassinadas e cortadas aos bocadinhos.
...brrr.
Outra situação que não me agrada, mas pronto, vamos pensar que os periquitos em liberdade não se safavam porque isto não é a Austrália, que acabavam todos na barriga do gato ou no papo das corujas, e coisas assim do género. Porque se conseguirmos esquecer a gaiola por um instante (difícil, muito difícil), vemos só um passarinho giro a olhar para a câmara.